sábado, 22 de janeiro de 2011

Conto 1 - Parte 5

Lá vai...

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O jovem acordou. Olhou no relógio: 01h00. Estava em sua cama, tentando dormir, mas não conseguia. Quando chegava perto vinham as lembraças do que Arthur estava por fazer, de sua responsabilidade. Era demais para ele, para qualquer um. Tentava já a mais de um ano recordar-se da palestra, do "Centro". O jovem era um dos poucos seres humanos a saber de Centro antes da palestra, ele integrava esse grupo de pessoas, como uma espécie de "sociedade secreta". E isso tudo começou quando ele ainda era bem jovem.

Ele tinha 16 anos quando descobriu o Centro. Sempre se interessara por pesquisas relacionadas ao poder da mente. Sempre questionara como "funcionava" o pensamento dos seres humanos, acreditava nas mesmas coisas que dissera Marco na palestra, que era impossível que apenas os neurônios, os hormônios controlassem as pessoas. Ele acreditava que haveria alguma coisa. E nesse momento ele vira em um site uma estranha notícia sobre o "poder da mente", mostrando que certos aparelhos detectavam a emissão de uma certa radiação quando utilizados por certos grupos de pessoas. À época, jornais, revistas, todos os meios de comunicação fizeram reportagens sobre tais aparelhos, chamados simplesmente de "Detectores". Havia apenas um deles por continente, e uma única empresa fabricante. Inicialmente, sua função era basicamente detectar radiação em pessoas, decorrente do chamado "Primeiro Incidente", que fora citado por Marco Hassan durante a palestra. Porém, com certas - e pouquíssimas - pessoas, em todos os continentes, a radiação detectada era diferente e era emitida da região do cérebro das mesmas.

A empresa de Marco era a detentora dos aparelhos e logo o empresário iniciou um experimento, afim de descobrir do que se tratava. E isso culminou na palestra. O jovem então acabara por participar de um teste na tal máquina - ele se irritou, pois jamais conseguira lembrar como conseguiu tal coisa; não era nada fácil ou mesmo comum ser chamado, ainda mais no Brasil. Na verdade, o jovem não se lembrava de nada desde o dia do teste, como se suas memórias tivessem sido apagadas. Ele apenas lembrava de fazer o teste e poucos dias depois estar num local escuro, falando com pessoas que conheciam o Centro. Lembrou-se das explicações feitas acerca do mesmo e de suas "potencialidades". E lembrou-se da moça.

Era a mesma da palestra. O jovem sorriu; até então não conseguira reconhecer ninguém nas suas memórias relativas ao centro. Porém, continuava com "um vazio" nas suas lembranças. Após a lembraça do que fizera em tal "local" a próxima memória era a palestra.

"Tenho que falar com Margareth. Agora!". O jovem saltou da cama, trocou suas ropuas de dormir e saiu correndo de seu quarto na nave, indo até o laboratório.

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Essa parte ficou bem curta, mas foi feita a pedidos - uma certa pessoa queria explicações, cá estão. Espero estar mais inspirado no próximo e já ter um título também.

Enfim, até!

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