sábado, 13 de agosto de 2011

I’ll never...

"I’ll never be a bride.

It’s not something I’m guessing, it’s just something I know for sure.
You know that felling when you look at that special person and all you want to do is hug and kiss them like there’s no tomorrow?
Well, once I had that feeling. Not anymore, my dear.
You see, people are stupid. How can you possibly get married to someone and pretend that you’re going to stay together and live happily ever after while most of the couples are getting divorced?
Seriously. I just don’t get it. This cuddling thing, holding hands, and whispering silly nothings in one’s ear… it just seem too frivolous and foolish.
I’m 25 right now. Yeah, I’ve already made out and dated guys but nothing more than that. I’ve never been in a long term relationship. I don’t know why.
Maybe that’s because I’m bossy, stubborn and most of all, selfish. Sure, I’m not that smart, not that creative nor funny. I’m not some kind of beauty too, you know? Maybe it’s because of my hair, my strange body, my face that looks like a square…
 … Everything, really.

 You see. Today I went to a friend’s wedding. The bride is really nice, you know. She’s pretty, funny and a freaking genius. She’ll be the best mother ever, probably. And then there is her husband, a really nice guy from a good family. They met each other in a coffee house. They started talking, exchanged cellphones and suddenly, poof! They fell in love and 3 years after that he asked her to marry
 him.
 Fuck that. I don’t need it. I don’t need everybody smiling at me while I look beautiful in that white dress like that’s the best day of my life. I don’t need a companion, someone who I can count on for the rest of this damn life. I just don’t.
 There’s a part of me that thinks it’d be kind of nice having someone but then again, it wouldn’t work out because I know that everything in this world finishes someday and that love… love is just something Walt Disney invented to make us feel better about ourselves. All those stories about Charming Princes and pure love… Bullshit.

 Maybe, just maybe, while I’m writing this I’m drinking. Not that much, I think it was just two bottles of some cheap English beer.

 Maybe I’m crying, but I can’t tell it because I just don’t care anymore. Although I can assure you this paper was dry when I started writing in it. There must be a leak in the roof or something like that.
 And maybe, just maybe, I wish things were different for me. I wish that instead of choosing my career I had chosen to stay with you. Probably you would be marrying me instead of the coffee shop girl."



Autoria (des)conhecida.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Chovia - Conto 2, Parte 1

Começando uma história, sem previsão de final... vamos lá (risos)!


Ah sim, os nomes são provisórios.


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Chovia muito. Recostada sobre a janela (à esquerda) do ônibus, Margareth olhava as gotas admirada, afinal jamais vira tanta chuva. Fazia muito frio dentro do veículo, por mais que não houvesse ar-condicionado ligado, as janelas estivessem fechadas e ela estivesse com dois cobertores e um casaco. Culpa do estranho inverno daquele ano, que não somente era frio mas também tinha um volume impressionante de chuva, como a daquela tarde (muito) nublada. Não havia ninguém ao lado da jovem (sim, era jovem, com seus 28 anos e cabelos loiros um pouco cacheados), que olhava agora para um espelho que tirara de sua bolsa. Queria garantir que seus lábios não estariam roxos, sem saber exatamente o motivo para tal checagem, afinal para onde ia pouco importava se estava bonita, feia, maquiada ou coberta de lama. Havia alguém a esperando e essa pessoa pouquíssimo ligava para tais futilidades (aparência é uma delas). Enfim, não queria pensar nele agora, pois logo outra imagem triste vinha à sua mente - triste era até pouco. Decidiu então voltar o olhar novamente à chuva, após guardar o espelho e colocar a bolsa ao seus pés. Na estrada não havia outros carros, nada. Via apenas algumas pequenas colinas sem árvores, montanhas ao fundo e muitas nuvens quase da cor do carvão, tamanha era sua escuridão. Na verdade parecia que estava no crepúsculo, embora ainda fossem Duas horas da tarde. Pegou o celular, queria ler o que ele tinha escrito pra ela.

"Sinto sua falta, mais que tudo. Preciso de você, chega logo! Te amo", era apenas uma dos inúmeros SMS que ele tinha enviado (inúmeros não, foram 270 ao todo, nos últimos 15 dias em que ela esteve longe. Mas ela precisava se afastar, não somente dele, do mundo todo talvez. Se fechar, como há tempos não fazia. Mais que isso, chorar, como há tempos não fazia. Chorou quase tanto quanto chovia naquele momento. "Não!". Mudou seus pensamentos outra vez; era necessário, já sofrera muito por isso, tinha que pensar em outras coisas. Estava com sono, muito cansada pois não dormira muito nesses últimos dias. Nem falara com ninguém. Decidiu, por fim, dormir.

Poucos minutos depois acordou desesperada. Vira ele no sonho. Não quem a esperava, mas sim alguém que ela queria e não queria ter visto nesse sonho. Não aguentou, se pôs embaixo dos cobertores e começou a chorar novamente. Lembrava de como ele agia, como a chamava de Maggie, os olhares que eles trocavam. Mas queria parar, chega, ela tinha que superar isso e, de repente, parou. De chover, é verdade, mas ela também parava de se esconder e ainda, de chorar. Olhava a estrada novamente, sem que qualquer coisa viesse a sua mente. O ônibus andava rápido até demais, mas ela não ligava. Queria estar o quanto antes com Anthony, esquecer os problemas, a chuva e tudo mais.

Maggie olhou seu relógio, passaram-se 40 minutos apenas, deviam faltar umas duas horas de viagem ainda. Não aguentava mais aquele ônibus, a saudade e todo aquele turbilhão de sentimentos dentro dela. Decidiu tentar dormir novamente, quem sabe ela conseguiria sem que a imagem dele retornasse. E de fato conseguiu. Não chovia e ela dormiu até que o ônibus chegasse enfim a seu destino. Quando abriu os olhos viu Anthony parado, agasalhado, mais magro que antes, abatido, mas acima de tudo, feliz por vê-la. Ela era a última dentro do ônibus, o que permitiu a ele entrar no veículo. Ele a beijou e ambos se olharam, mas sem dizer uma palavra. Pegaram as malas dela e começaram a caminhar em direção ao táxi que os esperava. Maggie chorava novamente. E voltava a chover.


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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Lyrics 1

 Layla - Eric Clapton

What will you do when you get lonely
and nobody´s waiting by your side?
You've been running and hiding much too long
You know it's just your foolish pride

Layla.
You've got me on my knees, Layla.
Begging darling please, Layla.
Darling, won't you ease my worried mind?

Tried to give you consolation.
When your old man, he let you down.
Like a fool, I fell in love with you.
You turned my whole world upside down.


Layla.
You've got me on my knees, Layla.
Begging darling please, Layla.
Darling, won't you ease my worried mind?

Make the best of the situation
Before I finally go insane
Please don't say we'll never find a way
Or tell me all my love's in vain


Layla.
You've got me on my knees, Layla.
Begging darling please, Layla.
Darling, won't you ease my worried mind?

domingo, 31 de julho de 2011

Retorno [?]

Quanto tempo sem postar! Meses, com certeza, mas é tudo culpa da escola, que não me deixa qualquer tempo livre - pode parecer clichê e desculpa, mas é a pura verdade. Só que, mesmo sem tempo, resolvi voltar a postar, não firmando, no entanto, um compromisso com meus quase 2 leitores leais e tantos outros esporádicos. Ok, meu estilo de escrita está diferente hoje, não sei o porquê...

Ah sim, decidi voltar a postar porque: 1) Vi alguns amigos escrevendo, seja em blogs ou seja no word - por sinal, textos que ninguém deve ler, jamais. 2) Porque li algumas coisas que tinha escrito quando era menor e realmente estou querendo voltar a escrever. Infelizmente tenho um problema grave, falta de inspiração, o que definitivamente vai me atrapalhar muito nessa nova-velha empreitada. Até por isso vou postar textos que já escrevi antes, com algumas pequenas modificações; e farei isso até ter inspiração.

Quanto ao meu conto-sem-pé-nem-cabeça (clichê detected ¬¬), não continuo-o por hora, até porque de fato, não tenho uma história consistente para o mesmo. Prefiro escrever contos curtos e aleatórios, mas como disse, apenas quando tiver inspiração eu o farei. Contudo, espero um dia terminar esse conto louco, por mais que ache que eu não conseguirei.

Acredito que é isso. Um lembrete a mim mesmo: parar de escrever coisas do tipo "Logo a continuação/um outro post" porque sempre que faço isso eu NÃO posto nada depois e por mais que não haja compromisso ao escrever neste blog, eu sinto como se houvesse um.

Então... até alguma hora aí...

sábado, 22 de janeiro de 2011

Conto 1 - Parte 5

Lá vai...

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O jovem acordou. Olhou no relógio: 01h00. Estava em sua cama, tentando dormir, mas não conseguia. Quando chegava perto vinham as lembraças do que Arthur estava por fazer, de sua responsabilidade. Era demais para ele, para qualquer um. Tentava já a mais de um ano recordar-se da palestra, do "Centro". O jovem era um dos poucos seres humanos a saber de Centro antes da palestra, ele integrava esse grupo de pessoas, como uma espécie de "sociedade secreta". E isso tudo começou quando ele ainda era bem jovem.

Ele tinha 16 anos quando descobriu o Centro. Sempre se interessara por pesquisas relacionadas ao poder da mente. Sempre questionara como "funcionava" o pensamento dos seres humanos, acreditava nas mesmas coisas que dissera Marco na palestra, que era impossível que apenas os neurônios, os hormônios controlassem as pessoas. Ele acreditava que haveria alguma coisa. E nesse momento ele vira em um site uma estranha notícia sobre o "poder da mente", mostrando que certos aparelhos detectavam a emissão de uma certa radiação quando utilizados por certos grupos de pessoas. À época, jornais, revistas, todos os meios de comunicação fizeram reportagens sobre tais aparelhos, chamados simplesmente de "Detectores". Havia apenas um deles por continente, e uma única empresa fabricante. Inicialmente, sua função era basicamente detectar radiação em pessoas, decorrente do chamado "Primeiro Incidente", que fora citado por Marco Hassan durante a palestra. Porém, com certas - e pouquíssimas - pessoas, em todos os continentes, a radiação detectada era diferente e era emitida da região do cérebro das mesmas.

A empresa de Marco era a detentora dos aparelhos e logo o empresário iniciou um experimento, afim de descobrir do que se tratava. E isso culminou na palestra. O jovem então acabara por participar de um teste na tal máquina - ele se irritou, pois jamais conseguira lembrar como conseguiu tal coisa; não era nada fácil ou mesmo comum ser chamado, ainda mais no Brasil. Na verdade, o jovem não se lembrava de nada desde o dia do teste, como se suas memórias tivessem sido apagadas. Ele apenas lembrava de fazer o teste e poucos dias depois estar num local escuro, falando com pessoas que conheciam o Centro. Lembrou-se das explicações feitas acerca do mesmo e de suas "potencialidades". E lembrou-se da moça.

Era a mesma da palestra. O jovem sorriu; até então não conseguira reconhecer ninguém nas suas memórias relativas ao centro. Porém, continuava com "um vazio" nas suas lembranças. Após a lembraça do que fizera em tal "local" a próxima memória era a palestra.

"Tenho que falar com Margareth. Agora!". O jovem saltou da cama, trocou suas ropuas de dormir e saiu correndo de seu quarto na nave, indo até o laboratório.

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Essa parte ficou bem curta, mas foi feita a pedidos - uma certa pessoa queria explicações, cá estão. Espero estar mais inspirado no próximo e já ter um título também.

Enfim, até!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Conto 1 - Parte 4

Ok, não gostei da ideia do título. Fica "Conto 1" então...

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Arthur andava de lado a lado em sua cabine. Sem janelas, toda feita de metal, como o restante da "embarcação" em que se encontrava. Algumas estantes, cheias de livros nunca tocados ou lidos, sua mesa ao centro da sala com alguns papéis. Neles, anotações, cálculos. "Baboseira científica", pensava o homem. Arthur tinha 43 anos. No "passado" fora um dos maiores comandantes da marinha. Agora, era um dos maiores comandantes da Estação Delta. Sempre acreditou mais no seu "instinto" do que na ciência, e por mais improvável que pareça, isso o levou ao seu posto atual: comandante da primeira expedição ao... A nave balouçou e reduziu a velocidade bruscamente. O ruivo comandante caiu no chão e levantou-se em seguida. A nave voltara à velocidade anterior. "Mais uma dessas e tenho um ataque do coração". Ele preocupava-se demais com o sucesso da viagem e a cada solavanco da grande nave seu coração acelerava. Era como se estivesse num barco, em uma imensa tempestade. Mas que a todo momento se dissipava, retornando pouco tempo depois.

O homem decidiu lavar-se, estava suando frio, nervoso. Sua cabine era a única a ter um banheiro particular, "luxo" do comandante. "Mas afinal, tinham que me atender, não é? Se cedi a toda essa inutilidade científica, ouvi horas de blá blá blá eu merecia isso. E muito mais...". Ele enfim entrou no banheiro, lavou o rosto, olhou no espelho.

A barba por fazer mostrava seu esgotamento. Foram meses e meses de preparação para a viagem. "Tudo em vão, tenho experiência mais do que necessária para tal viagem.". Sempre pensou assim. Enfrentara as piores tempestades, os maiores problemas. Fora o primeiro a desvendar o Triângulo das Bermudas, e também o único a iniciar dele uma viagem de volta ao mundo, concluída em um mês.
"Não tenho com o que me preocupar. A equipe é competente, eu sou competente." Pensara nisso a cada dia nas últimas semanas. Porém nunca diminuíra sua preocupação. Afinal, se tudo desse errado, era sua responsabilidade. Ele escolhera aquela rota, ele ignorara tudo o que aprendeu no treinamento, ele desobedecera os cientístas... "BASTA!", berrou o homem.

Ao retornar à cabine havia um jovem com roupas simples sentado em sua cadeira. Ele olhava as anotações.

- Arthur, tem que se controlar. Tudo vai dar certo... - disse o jovem.
- Eu sei, eu sei. Mas acha que é fácil?! Por tudo em risco por puro orgulho! Foi estupidez minha e se tudo sair errado, acabou-se.
- Ainda temos a tal garota...
- Ela jamais vai conseguir. Cada vez que tentamos, o Sol fica mais fraco. E temos que chegar mais perto.
- Sim...
- E quando chegamos mais perto, nosso controle sobre a nave diminui, os solavancos aumentam. E aqueles... - mudou suas palavras- homens, dizem para nós que não é mais seguro, que não devemos prosseguir. Então eu chego no Salão principal, digo umas palvras bonitas nas quais nem eu mesmo acredito, e convenço a todos, inclusive a mim. E depois me arrependo e fico nervoso.
- Arthur, você sempre deixou claro que estaríamos indo para uma viagem cuja chance era de 99% de ser sem volta. Todos aceitamos. Ao longo dela, garantiu que não havia praticamente qualquer chance de sobrevivermos e mesmo assim todos continuamos. Não será culpa sua se tudo der errado e sei que não dará.
- Sabe é? Você acha mesmo. Pior pra você. Eu tenho certeza absoluta que vamos morrer antes de chegar ao centro do sol. Só espero que você consiga acessar o que tem de acessar antes.
- Se chegarmos à superfície do sol já será possível saber tudo o que ocorreu. E transmitir. Depois, dane-se.

O jovem retirou-se. Arthur sentou na sua cadeira. "Ele não faz ideia mesmo...". Pegou um aparelho que estava guardado. Havia um teclado embutido. Começou a digitar:

""Estamos nos aproximando, esta ficando cada vez mais dificil da nave prosseguir, mas já tenho todos comigo, principalmente os três."" Clicou no botão de enviar. Em seguida, veio a resposta:

"Excelente. O seu esta garantido, só consiga a informação e nosso negócio estará concluído"

Arthur pensou muito em seguida. Deveria sequestrar a nave, sequestrar a ultima esperança de saber o que ocorrena a mais de 4 mil anos? Decidiu pensar em tudo o que ocorrera nos ultimos meses:

Fora convocado pelo Centro de Comandantes da Estação Espacial a pilotar a nave Delta-001. Era a nave que levaria uma das duas pessoas a saberem do ocorrido no dia do "Incidente" da palestra para o mais próximo o possível do Sol. Mas então veio a proposta. Era o que ele sempre quis, a garantia de seu retorno aos mares, à sua família, à tudo. Só que ele sabia dos riscos, sabia que se fosse descoberto o matariam, sabia que se falhasse acabaria morrendo. Mas já chegara muito longe, não podia recuar. "Vamos ver se o muleque realmente consegue antes de chegarmos lá.".

Na verdade, Arthur realmente torcia por isso. Em seguida esqueceu de tudo, voltou a escrever seu diário de bordo. Olhou então um papel junto às suas anotações. De cor amarela, com os dizeres "Não nos venda."
O comandante respirou fundo. Abriu a gaveta, a segunda de três. Retirou um pedaço de madeira e pegou a escondida. Respirou fundo. Pensou em tudo o que colocara em risco, na sua úncia chance que estava prestes a ser disperdiçada.
Mas subitamente retirou as balas. Em seguida, quebrou o aparelho que usara antes. "Pro inferno com tudo isso". Olhou o relógio, saiu da cabine e trancou a porta.

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The End for now...

domingo, 9 de janeiro de 2011

Conto 1 - Parte 3

Aqui vai a 3ª  parte do conto...

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O jovem analisou a face do Dr. Lodge mais uma vez. O homem parecia pronto para desmaiar, ou ao menos cair adormecido; mas conseguia ficar firme na cadeira. Ele pegava umas anotações que tinha feito, mas parecia não conseguir lê-las, tamanho o seu cansaço. Logo Marco Hassan interviu:

""Bom, como todos devem estar vendo, estamos todos muito cansados, afinal foram meses e mais meses initerruptos de experimentos, estudos. Vamos ter uma pausa de 15 mintuos e depois o Dr. Logde falará sobre os detalhes de nossa descoberta. Os senhores poderão prosseguir para o nosso Salão, nas saídas à esquerda, onde serviremos alguns drinks enquanto esperam. Obrigado.""

As pessoas pareciam surpresas, mas conteporizaram e foram se dirigindo ao Salão. O jovem foi com a multidão. As pessoas passavam pela porta que dava entrada para o imenso salão. Vários seguranças acompanhavam o Papa, alguns inclusive derrubaram o jovem, que logo foi ajudado pela mesma moça que estava ao seu lado. Agora que ele a notara, seu rosto era lindo, olhos escuros, cabelos negros.

Ele agradeceu e a linda jovem seguiu o caminho. Decidiu esperar um pouco. Notou que o cientísta estava cercado de médicos. Marco tinha uma cara de preocupação, assim como os médicos que lá estavam. O Dr. Lodge parecia desmaiado. O jovem decidiu se aproximar, ver o que de fato estava acontecendo. Os seguranças continuavam a pedir que as pessoas seguissem para o salão. Porém o jovem seguiu tranquilamente. Se aproximou. Ouviu o que os médicos diziam.

- Temos que levá-lo ao hospital mais próximo, a situação dele está crítica.
- Mas o que ele tem é algo físico? - perguntou Marco
- Receio que não. Ele...

De repente o jovem já não ouvia. Depois, não via, tudo ficou escuro.

Então ele acordou. Estava na "Sala de observação" novamente. Olhou pela escotilha, o sol "brilhava pouco", dava para olhá-lo diretamente, mesmo naquela distância. As pessoas que o cercavam olharam decepcionadas. Havia duas pessoas na sala, dois cientístas, uma mulher e um homem. Alegrou-se ao ver o rosto de Margareth e George.

- Me desculpem. - disse ele cabisbaixo.
- Não tem problema - disse Margareth. Cabelos loiros, rosto enrugado, usava jaleco assim como George. Tinha em suas mãos uma prancheta. O homem era alto, negro. Seus cabelos se perderam, muitos diziam que em virtude de seus meses sem dormir. Margareth prosseguiu - Isso é difícil mesmo, com o tempo os resultados serão melhores. Volte para seu quarto, descanse bastante. Em dois ou três dias o chamaremos de novo, tentaremos dar continuidade.
- Queria continuar agora, estava tão perto!
- Nós também, mas é impossível. Você viu o Sol agora e sabe, como todos nós, que não somos os únicos a tentar esse procedimento.
- Mas são poucos, na palestra identifiquei apenas mais um.
- É, pelos registros são pouquíssimos mesmo os humanos que tiveram acesso à palestra. Mesmo assim, a energia consumida por cada Centro de vocês é muito, muito grande. E enquanto não conseguirmos reproduzir a energia aqui, continuaremos a usar o Sol. E tem mais, os procedimentos só voltam em duas semanas depois do dia de hoje. Como você esta apresentando os melhores resultados será fácil obter uma autorização para usarmos durante os dias "vagos".
- Sim, mas não entendo a importânica específica da palestra. Eu podia muito bem mostrar as nossas reuniões, talvez os documentos do Incidente, o que...
- É verdade, mas esse é o último registro que temos do Centro do Dr. Lodge. Como você deve saber, ele o apresentou a todos mais tarde na palestra, depois de acordar. Mas então é o ponto onde todos os registros somem, e chegamos a um ano atrás.
- Eu sei bem, foi um choque para todos nós. Mas esta ficando cada vez mais difícl chegar. Já tentamos outras vezes e já chegamos mais longe, você acabou de falar da apresentação do Centro; eu mesmo já cheguei nesse ponto.
- É, há 6 meses, quando nem todos os laboratórios de todas as colônias sabiam do métodos para fazer o que fazemos. Todos começaram a usá-lo. Enfim, em breve poderemos explorar mais. Só não entendi o porquê de você não achar a palestra importante. Foi nela que tudo começou!
- Eu sei - o jovem agora estava cansado, parecia que repetiria algo que já havia falado várias e várias vezes. - mas como eu já disse milhões de vezes, tudo o que ocorreu durante a apresentação do Centro já fora previsto por nós, o acidente. Só não sabíamos que os danos seriam tão trágicos. E todos os documentos do passado são acessíveis ainda.
- Pois é, mas queremos realmente saber como foi o momento, talvez nos diga algo. E como você mesmo disse, as previsões que vocês fizeram estavam erradas. Mas enfim, não quero cansá-lo mais. Vá para seu quarto, descanse, relaxe e em alguns dias voltaremos aqui. Todos precisamos desse descanso, não é George? - os três começaram a rir. E logo em seguida se retiraram. A sala feita totalmente de metal se esvazio em seguida, a cama onde o jovem estava deitado ficara vazia. Os televisores e câmeras se desligara, assim como as luzes. O brilho do Sol aumentou.


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Depois continuo... Ah, por sinal tive uma ideia para um nome pro conto: 4743. Em breve escreverei a parte do conto que explica esse título. E mudarei os títulos dos posts anteriores quando tiver certeza que usarei esse título.

Até a próxima parte...

domingo, 2 de janeiro de 2011

Conto 1 - Parte 2

Continuando...

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Marco sorria, os aplausos não paravam. O jovem notou que a moça não aplaudira, talvez por desatenção, havia mais pessoas que não aplaudiam, dentre elas o Papa. Começou a olhá-lo, figura imponente, séria, com roupas explêndidas com detalhes dourados. O anel usado pelos Papas em seu dedo era magnífico também. Marco levantou-se, com o microfone em suas mãos. Um feixe de luz caiu sobre seu corpo, o restante parecia uma sombra completa; mal se viam os outros dois homens. Hassan continuou sua fala.

""Agora, o que faremos é tentar explicar como ocorreu a descoberta do "Centro". Bom, para começar, quero avisá-los de que eu não entendo muito disso, não é meu forte. Bom, há mais de 50 anos já sabemos que os humanos passaram a emitir uma certa "radiação". Acreditava-se que eram vestígios do Incidente, e por mais improvável que pareça nenhum cientista deu atenção a essa "radiação". Eu dei. Comecei a me interessar muito por isso. Observei antigos documentos, anteriores ao Incidente e vi que jamais havia sido notíciada tal ou qualquer tipo de emissão de radiação por qualquer ser humano. Jamais. Era curioso esse fato, comecei a questionar muitas pessoas acerca disso, mas ninguém me disse qualquer coisa. Ah, os documentos eram de um acervo particular, pertencia a meu avô.
Eu mostrava os documentos a autoridades, a grandes médicos, todos alegavam serem falsos. Era impossível, pra que ter um acervo de documentos falsos? - repentinamente, alguns dos chefes de Estado e inclusive o Papa mudaram sua aparencia, aparentavam certa preocupação. - Bom, o que fiz foi pedir uma análise da radiação emitida por um grupo de pessoas de diversas nacionalidades. O Dr. Lodge - apontou para o cientísta - chefiou essa pesquisa. Descobrimos que simplismente todas as pessoas emitiam tal radiação, em níveis idênticos. Havia algo errado...

Agora, devo fazer uma revelação: meu avô fez, mais de 70 anos atrás, exatamente o mesmo experimento. Isso mesmo, admito que a ideia deste não foi minha, e sim do meu avô. E advinhem o resultado: todos emitiam exatamente o mesmo nível de radiação. E os resultados eram identicos aos meus. Não tinha nada a ver com o Incidente. Mas isso será detalhado em breve. Por hora, fica só a ideia de que os humanos emitem uma radiação estranha, que nós decidimos analisar e descobrimos que essa radiação é emitida de uma certa parte do corpo humano, o exato centro do cérebro. Por isso chamamos ela de centro. Agora o Dr. Lodge virá aqui e irá explicar como conseguimos concluir que a nossa descoberta era a "alma" humana."" Mais aplausos.

Lodge se aproximou. Era um homem relativamente baixo, e realmente estava muito cansado, trouxe a cadeira consigo e a colocou no centro do feixe de luz. Marco sentou-se. O Dr. esquecera o microfone, levantou-se novamente, pegou-o e voltou a se sentar. Estava de fato muito cansado, parecia que dormiria a qualquer instante.

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Depois eu continuo...

Conto 1

A palestra estava pra começar. Parecia haver certa de mil pessoas no auditório escuro e frio. Nem parecia que fazia 40º do lado de fora - era verão no Rio de Janeiro. Nas primeiras fileiras, a Presidente do Brasil, o Presidentes dos Estados Unidos e alguns Chefes de Estado da União Européia. Era uma descoberta importante, a que seria anunciada em instantes, mas foi surpreendente para todos ver tantas "pessoas importantes" juntas num mesmo local.

Numa das últimas fileiras estava um jovem, vestido todo de preto. "Estou lendo muitos livros do Crichton", pensou ele. Mas mesmo assim gostava de se vestir assim. "Porém, uma camisa branca nesse calor fosse melhor... Dane-se.". Voltou as atenções ao palco. "Era uma cena extremamente clichê". Havia uma grande mesa, porém apenas três homens estavam sentados à ela: à esquerda estava algo parecido com um cientista. Usava um jaleco branco - "Aí "um" clichê". O homem parecia ter uns 40, 50 anos talvez. Cabelos negros, barba por fazer. Parecia ter ficado anos sem dormir - "e isso provavelmente acontecera", pensou alto o jovem. A moça em seu lado olhou para ele, que se desculpou. Ela voltou a ler o panfleto da palestra, que tomava a atenção da jovem antes da interrupção.

Voltou a olhar a mesa: No canto direito, um religioso, talvez um cardeal. Nunca se importara tanto com a religião, por isso não sabia exatamente o "cargo" que possuía tal homem. Era velho, 70 anos provavelmente, cabelos grisalhos.
Até aqui tudo clichê, "religião x ciência" numa palestra sobre uma descoberta polêmica. Porém, ao centro da mesa havia um outro homem. Vestido de um terno preto que aparentava ser caríssimo, era um jovem (em comparação aos demais homens à mesa). "Uns quarenta anos", chutou o observador. Só que o tal homen ao centro da mesa era figura conhecida. "Marco Hassan, milionário, financiou os estudos, divulgou a descoberta. E era dele a missão de "apaziguar os ânimos" durante a palestra."

Os microfones foram ligados, silêncio repentino no auditório. Câmeras filmavam, mas não havia flashes, foram proibidas câmeras - determinação do Vaticano, representado pelo tal senhor à direita. Marco começou a falar:

""Primeiramente, gostaria de agradecer à presença de todos aqui, desde os cientistas da R.T. Laboratórios, que foram os verdadeiros responsáveis por essa descoberta; quanto ao Vaticano, representado aqui à minha direita, pelo próprio Papa..."" "Então é o Papa...", pensou o jovem. Marco seguiu falando, mas o jovem não dava muita atenção. Com o canto do olho observava a moça ao seu lado. Era jovem, parecia ser bonita, mas com aquela luz e seu ângulo não poderia confirmar. "Foco!". Pensara alto de novo, agora todos que estavam próximos a ele o olhavam. ""Saúde!"", gritou Marco, interrompendo sua fala. Muitos riram, o jovem se uniu aos outros e riu também, mas ficaram vermelho. Marcon continuou, agora com a atenção de todos, incluindo a do jovem:
""Bom, o que pensamos ter descoberto é aquilo que estamos chamando de "Centro". É a parte responsável pela nossa vontade. Nunca acreditei que simples reações químicas resultariam na vontade de fazer qualquer coisa, que os hormônios nos controlavam em dados momentos - o jovem riu-se - etc. Mas com os recentes estudos que tivemos, incluindo os diversos que mostraram como é possível fazer coisas só com a força da mente, ficou cada vez mais claro para mim que havia "algo mais", algo responsável por nossas vontades. É o "Centro", como se fosse... não sei, não dá pra explicar! Bom, o que faremos na palestra é tentar mostrar o esse "algo" que nos controla. Na verdade, é mostrar esse "algo" que não nos controla, mas sim que nos faz ser um humano, nos individualiza. É como se descobríssemos a alma."" As pessoas aplaudiram. O jovem se negou a fazê-lo, afinal "...eu já tinha pensado nisso tudo, e já descobri tudo muito antes. Quero ver é qual parte disso que vocês descobriram..."


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Continuarei amanhã, ou hoje, mais tarde...